O quanto ter uma marca forte e um bom design impacta nas vendas? Branding e vendas estão associados?
Em primeiro lugar, branding e design de qualidade não são investimentos pequenos.
A empresa que deseja ver sua marca bem desenhada e posicionada irá desembolsar um bom dinheiro. Principalmente se vier acompanhados de uma campanha publicitária completa.
Mas esse investimento é realmente necessário?
O design de marcas impacta positivamente os lucros da empresa?
Vamos descobrir isso juntos nesse artigo. Acompanhe comigo…
ÍNDICE DE CONTEÚDO
- As estatísticas sobre branding e vendas
- Então branding e design realmente funcionam?
- A diferença entre um resultado bom e o ruim pode ser algo simples
- Porém, não basta apenas ficar bonito!
- E nas indústrias B2B, o branding também é importante?
- Qual a promessa da sua marca para seus clientes?
- Um bom produto é o fundamento sólido de uma marca forte
- O veredito final sobre branding e vendas
As estatísticas sobre branding e vendas
Imagine internautas acessando um website que é fácil de navegar, ou consumidores usando roupas com corte confortável e bolsos bem colocados, ou compradores de uma grande indústria folheando um catálogo que facilita a localização dos produtos de que precisam facilmente…
Imaginou? Tudo isso é consequência do trabalho dos designers.
E quanto mais os designers influenciam os produtos, mais vantagens esses produtos têm sobre a concorrência.
É improvável que alguém duvide que o design seja uma coisa útil.
Mas nem sempre o design em si se torna um produto comercial. Especialmente para o usuário final.
O design pode se resumir às áreas de comunicação e marketing, por exemplo, como um bom logotipo, uma boa identidade visual, um website, etc.
Ou seja, o branding é útil para os negócios, mas até certo ponto?
Quanto dinheiro deve ser investido em branding e design?
Vamos aos fatos sobre branding e vendas
Há muitas perguntas, mas apenas recentemente temos dados objetivos sobre a questão.
Em 2003, a Agência Nacional Dinamarquesa para Empreendedorismo e Empresas publicou um relatório de estudo “Efeitos Econômicos do Design”.
Eles ligaram para 1.000 empresas privadas dinamarquesas com 10 ou mais funcionários. Eles perguntaram sobre o volume de investimentos em design e indicadores de receita bruta.
Descobriu-se que as empresas dinamarquesas gastam 7 bilhões de coroas dinamarquesas todos os anos em design (na taxa de câmbio do início de 2019, isso é cerca de 1 bilhão de dólares).
Ao mesmo tempo, as empresas que investiram em design nos últimos 5 anos aumentaram sua receita bruta mais do que aquelas que economizaram, em 58 bilhões de coroas (quase US$ 9 bilhões).
Um relatório foi publicado em 2007 Conselho Britânico de Design mostra que para cada £ 100 investidos em design, o faturamento de uma empresa aumenta em £ 225.
E, em geral, verifica-se que para as empresas que investem em branding e design é mais provável um aumento do volume de vendas do que para as que não o fazem.
O mesmo Design Council realizou mais tarde um estudo sobre o papel do design na economia do Reino Unido.
Descobriu-se que, em 2015, o branding e o design geraram mais de 7% do valor agregado bruto do país, que em termos monetários é de quase 72 bilhões de libras (94 bilhões de dólares).
Índices de branding e vendas
A organização internacional Design Management Institute (DMI) decidiu descobrir como o design afeta os mercados de ações.
Para isso, desenvolveram um índice especial – Design Value Index , que mostra a capitalização das empresas que investem em design.
Como referência, usaram o índice de ações S&P 500, que reflete a capitalização total das quinhentas maiores empresas americanas.
Assim, em 2015, eles obtiveram o seguinte resultado: nos 10 anos anteriores, o Design Value Index cresceu 211% a mais que o índice S&P 500.
Pesquisas da consultoria McKinsey mostraram que as empresas com uma pontuação de design alta superam os concorrentes do setor em termos de crescimento.
Ou seja: o design afeta muito o desempenho do negócio como um todo.
Empresas com um design mais frio aumentam a lucratividade e o sucesso nas bolsas de valores mais rapidamente.
A McKinsey conclui que o design é mais importante para os negócios hoje do que nunca.
Para ser justo, deve-se mencionar aqui que os indicadores associados ao DMI são questionáveis por alguns especialistas.
Mais recentemente, a InVision publicou seu estudo. Eles pesquisaram 2.200 empresas em 24 setores de 77 países.
O resultado foi:
- Três quartos dos entrevistados observaram que melhoraram a qualidade do produto por meio do design.
- 81% disseram que o design melhorou a usabilidade de seu produto.
- 71% dos entrevistados observaram que o design aumentou a satisfação de seus clientes.
- E 42% disseram que devido ao design aumentaram a receita,
- 35% – aumentaram a conversão,
- 30% – proporcionaram economia de custos.
Então branding e design realmente funcionam?
O branding e o design simplificam e agilizam a produção do produto de uma empresa e melhoram o processo de conexão deste produto com o consumidor.
Se isso for bem feito, os custos do projeto serão compensados rapidamente e a empresa logo sentirá o efeito na forma de lucros aumentados.
Isso pode ser mais claramente demonstrado pelo exemplo do webdesign, ou do marketing digital.
A varejista britânica de bebidas alcoólicas Majestic Wine lançou um site para promover seu pacote de casamento.
O site teve um desempenho ruim.
Após a análise, ela decidiu fazer algumas correções no projeto: removendo as distrações, apresentando o serviço com mais clareza, adicionando um vídeo que mostra claramente a essência da empresa.
Resultado: a conversão aumentou 211%.
O case do MailChimp
Nos primeiros sete anos de sua existência, o serviço de disparo de emails MailChimp recebeu apenas 10.000 clientes.
No início de 2008, eles realizaram um rebranding bastante radical: mudaram a estratégia de comunicação, redesenharam completamente o logotipo e introduziram um personagem de macaco de marca.
Em 2010, eles já tinham 350 mil clientes e, em 2012, 1,4 milhão.
A diferença entre um resultado bom e o ruim pode ser algo simples
Às vezes, o papel decisivo para aumentar o desempenho é algo muito simples.
Por exemplo, a empresa de marketing digital ExactTarget aumentou a conversão em 40% substituindo apenas uma imagem no site.
O design torna sua oferta mais visível e compreensível para o cliente, evoca as emoções certas e, assim, o cliente fica mais disposto a comprar ou solicitar o contato com um vendedor.
Porém, não basta apenas ficar bonito!
Um design feito apenas para ser bonito, sem uma boa estratégia, pode gerar o efeito contrário na relação entre branding e vendas.
Isso aconteceu com o suco Tropicana.
Ao mudarem muito o visual da embalagem, os consumidores que anteriormente gostavam desse suco não o reconheciam mais na gôndola.
Não tendo visto mais o Tropicana, os consumidores concluíram que ele não estava mais à venda e compraram o concorrente.
Resultado: as vendas caíram significativamente.
O que faltou nesse caso é alguém pensar sobre reconhecimento da marca, tradição e familiaridade do consumidor.
E nas indústrias B2B, o branding também é importante?
Sim. Branding estratégico e o design funcionam também no segmento B2B.
A pesquisa da empresa de marketing Beyond Philosophy mostra que os clientes B2B são mais motivados emocionalmente ao tomar decisões do que os clientes B2C.
E um estudo do Corporate Executive Board mostra que as marcas B2B que se comunicam emocionalmente com os clientes são duas vezes mais eficazes do que aquelas que apelam exclusivamente à razão e usam apenas argumentos racionais secos na comunicação.
Qual a promessa da sua marca para seus clientes?
Com todos os itens acima, uma agência de branding normal nunca promete a um cliente um aumento nas vendas.
O design ou uma marca em geral, aumenta a eficiência da comunicação da empresa, mas não substitui a estratégia de negócio.
O design da marca desempenha um papel secundário, mas quando se depara com um concorrente oferecendo um produto similar, é a marca que decide o resultado da competição.
Entendeu?
Em outras palavras: não adianta uma marca bem posicionada se o modelo de negócio está errado. Porém, com o modelo de negócio certo, o branding irá potencializar as vendas desse negócio de sucesso.
Quando a marca é mais forte do que o produto
Em muitas empresas, o design é o carro chefe do valor dos negócios.
Este é o caso quando o negócio é totalmente construído sobre uma marca forte.
Algumas empresas compram roupas comuns (completamente desprovidas de qualquer personalidade), imprimem seu logotipo nelas e Voilá – você agora tem uma roupa de griffe de alto valor agregado.
Esta é essencialmente, por exemplo, a essência da marca Anti Social Social Club.
Se você observar as avaliações de vários blogueiros de beleza ao redor do mundo, descobrirá que quase todos notam a qualidade e a fragilidade extremamente baixas das coisas, apesar do preço dessa categoria ser bastante decente.
Todavia, essas marcas são muito vulneráveis.
Os compradores de tais “boutiques” começam a notar coisas iguais ou semelhantes em concorrentes mais baratos, se interessam, comparam e percebem que pagaram demais.
As críticas negativas podem fazer uma marca como essa perder popularidade gradualmente.
Um bom produto é o fundamento sólido de uma marca forte
Uma marca se comunica entre empresa e consumidor.
Em particular, entre o produto e o consumidor.
A experiência dessa comunicação é muito importante para o público, mas o produto é ainda mais importante para eles.
Mesmo um estabelecimento puramente emocional como uma cafeteria perderá rapidamente clientes se servir o café em pó mais barato dissolvido em água quente da torneira.
Citando Edson Rigonatti sobre a necessidade de um bom produto:
“Existe uma aparente e aproximada distribuição ideal de recursos entre as diferentes tarefas de uma startup. Segundo alguns estudos, como os do Tom Tunguz, a distribuição de recursos se divide em 60%, 30% e 10% para (1) marketing/vendas/cs, (2) produto e (3) administrativo/financeiro respectivamente.
Isso quer dizer que a variável mais crítica para a eficiência de crescimento é a arquitetura de como se vende e se atende. Ter o Produto Perfeito é sim muito importante, sem ele, não existe o porquê existir, mas a grande razão de ser é colocar tal produto nas mãos de consumidores de um jeito que eles se encantem.”
O caso da Apple: marketing & produto
Veja a mesma Apple, que muitas vezes é acusada de preços inflacionados devido à marca
Ao mesmo tempo, foram publicados estudos de que a empresa gasta muito mais em marketing do que qualquer um de seus concorrentes, e menos em desenvolvimento e desenvolvimento de produtos.
Mas com tudo isso, ninguém pode dizer que o iPhone é um lixo inútil, que é comprado apenas por causa da maçã no estojo.
Por toda a atenção que a Apple dedica ao desenvolvimento de sua marca, ela nunca teria se tornado líder do setor sem ter um produto forte.
O veredito final sobre branding e vendas
As vendas são influenciadas pela marca sim, assim como é influenciada pelas características do produto, pelo controle de qualidade, pela estratégia de marketing da empresa, pelas decisões do RH, pelo relacionamento com os parceiros, logística, pela agilidade nas tomadas de decisão, pela interação dos diferentes departamentos dentro do empresa, e assim por diante.
As agências de branding como a Agência Pomar são responsáveis apenas pela marca.
Em geral, uma marca sozinha não vai longe. Mas é difícil negar que o branding, e em particular o design da marca, é muito importante para os negócios.